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domingo, 16 de outubro de 2016
O Gênio Zé de Graça ( cap.20 )
Ao se embrenhar pelo mato, numa fuga alucinada, foi dar com os costados no pé da serra. Cansado e ofegante olhava para os lados assustado e sentou numa pedra para descansar, mirando as estrelas e a lua minguante. Em pouco tempo, enquanto refletia sobre o que aconteceu, estava cochilando pois no seu rosto soprava uma leve brisa. Mas isso durou pouco mais de uma hora,sentia por sobre seu corpanzil branco insetos caminhando e instintivamente com a mão os tirava e jogava para o lado enquanto ressonava alheio ao perigo. Despertou com dezenas deles sobre o corpo e também no rosto. Então colocou um na palma da mão e com o tênue clarão da lua pode ver atentamente do que se tratava: enormes escorpiões vermelhos, venenosíssimos. Ainda meio sonolento, soltou um grito tão alto que foi ouvido em toda a Chã e saiu em disparada no meio da campina só parando próximo à malhada de Diógenes. O susto foi tão grande que esqueceu por um instante as luzernas.
Chegou na beira da estrada e teve medo, cético não acreditava em fenômeno paranormal , sabia apenas que aqueles acontecimentos apenas dariam a ele a oportunidade de uma acurada investigação científica. Era questão de honra desvendar o que aconteceu, quando a escuridão se foi a manhã surgia com uma neblina que cobria tudo. Caminhou pela estrada todo arranhado e com os pés sangrando até chegar à cidade. Encontrou o amigo Francisquinho e foram à cavalo resgatar a fóbica. Em pouco tempo ele consertou o automóvel, foi um defeito em uma bobina, disse ele ao Francisquinho.
Após isso Zé voltou várias vezes à noite ao local da aparição para ver o fogo corredor e chegou a ver novamente. Então descobriu em suas pesquisas tratar-se de um fenômeno muito conhecido no interior do Brasil, principalmente no Nordeste, são certas “luzes” ou “bolas-de-fogo” , chamadas em certas regiões de “Boitatá”, “Fogo-fátuo” ou “Fogo-corredor” (como é conhecido em Sergipe); Essas “bolas-de-fogo” percorriam o céu numa velocidade incrível, ora aparecendo muito próximas, ora muito distantes, por vezes batendo umas nas outras soltando faíscas.
Acabou descobrindo certo dia, uma explicação plausível para esse fenômeno, quando era abordado sobre o que aconteceu ele sorria com o canto da boca e dizia: isso é conversa do povo. Estudioso, Zé investigou e descobriu o que de fato acontece com base em estudos modernos que relacionam a aparição dessas luzes com OVNIS (Objetos Voadores Não Identificados), justamente pelo fato da região da Serra Redonda ser rica em minérios, principalmente urânio, material este que, segundo os ufólogos seria o combustível das “espaçonaves”. A Ufologia, ciência que estuda esses fenômenos, desmistifica muitas crenças populares criando outras, visto não haver um reconhecimento oficial da existência dos mesmos por parte das autoridades. Seria muito egocentrismo da humanidade julgar-mos que estamos sozinhos no Universo. As evidências estão aí para quem quiser ver e julgar por si mesmo. Assim pensou e falou o gênio Zé de Graça.
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